Boicote ao Facebook em 2020

Última Atualização em 4 de julho de 2020 por Eduardo Danton

boicote ao Facebook

Essa semana vimos em muitos sites de notícia a respeito do boicote ao facebook de grandes empresas multinacionais e redes de varejo nos Estados Unidos na Europa.

Como começou o boicote ao Facebook?

Há muito que o Facebook é criticado por não fazer o suficiente para combater o discurso de ódio. Agora, a indignação contra a maior rede social do mundo está se transformando em um movimento que pode talvez ameaçar a sua receita.

Isso porque os críticos mais recentes do Facebook são alguns dos seus maiores clientes. Em 17 de junho, um grupo de organizações de direitos civis, incluindo a Liga Anti-Difamação, a NAACP e a Color of Change, pediu às empresas que “interrompessem o ódio” e não anunciassem no Facebook em julho.

Só para ilustrar a rede social ganha quase todo o seu dinheiro com anúncios, arrecadando mais de US $ 70 bilhões em receita no ano passado de acordo com seu balanço financeiro.

“Vamos enviar uma mensagem poderosa ao Facebook: seus lucros nunca valerão a pena promover ódio, fanatismo, racismo, anti-semitismo e violência”, afirma o site da campanha Stop Hate for Profit.

Quais marcas ou empresas que estão participando do boicote ao Facebook?

Uma das primeiras marcas de roupas a aderir ao movimento de boicote ao Facebook foi a The North Face, seguida pela gigante de bens de consumo a Unilever e Verizon (uma gigante empresa de telecomunicações dos EUA). Nesta semana uma nova leva de marcas também se juntou ao boicote como: Sony, Clorox, Adidas, Ford, Volkswagen bem como a Microsoft.

E para dar mais dor de cabeça ao Facebook a lista de empresas não para de crescer. Só essa semana a lista está com mais de 500 empresas!

O que essas organizações de direitos civis querem que o Facebook faça?

A campanha Stop Hate for Profit descreve algumas medidas que o Facebook deve adotar para lidar melhor com o discurso de ódio em sua plataforma.

  • Contratar um executivo com experiência em direitos civis que revisará os produtos e as regras da empresa para discriminação, preconceito e ódio.
  • Fazer auditorias independentes sobre desinformação e ódio com base em identidade. Os resultados seriam publicados online.
  • Notificar as empresas se seus anúncios forem exibidos ao lado do conteúdo retirado do Facebook que violou suas regras e conceder reembolso as mesmas.
  • Encontrar e remover grupos do Facebook sobre supremacia branca, milícias, antissemitismo, conspirações violentas, negação do Holocausto, desinformação de vacinas e negação de mudanças climáticas.
  • Adotar alterações de política para ajudar a combater o conteúdo odioso.
  • Pare de recomendar ou ampliar grupos ou conteúdo com vínculos com ódio, informações erradas ou conspirações para os usuários.
  • Criar uma maneira de sinalizar automaticamente conteúdo odioso em grupos privados para revisão humana.
  • Parar de isentar os políticos da verificação de fatos, removendo as informações erradas sobre o voto e proibindo chamadas de violência por parte dos políticos. (O Facebook disse que removerá o conteúdo que suprime a votação e incita a violência, inclusive de políticos, mas os críticos discordam de como a empresa interpreta boa parte de suas regras.)
  • Compor equipe de especialistas dedicados para revisar conteúdo odioso, assédio e cyber bullying.
  • Permitir que os usuários que enfrentaram ódio ou assédio grave conversem com um funcionário do Facebook com mais facilidade.

O que Mark Zuckerberg pensa disso tudo?

De acordo com o tabloide The Guardian, Mark Zuckerberg considera que o boicote é um “problema de reputação e parcerias”, e não econômico, disse à equipe, de acordo com uma transcrição obtida pelo site de notícias. “Meu palpite é que todos esses anunciantes voltarão à plataforma em breve.” Em complemento ele ressaltou que não haverá mudanças nas políticas do Facebook.

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Olá, me chamo Eduardo e sou estrategista de marketing da Edm2, em que posso ajudar?