Última Atualização em 25 de julho de 2022 por Eduardo Danton
O CONAR, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, é o órgão responsável pela regulamentação da propaganda e publicidade no país. Feita a denúncia, o Conselho de Ética do CONAR se reúne e julga, garantindo amplo direito de defesa ao acusado. Se a denúncia tiver procedência, o órgão recomenda aos veículos de comunicação a suspensão da exibição da peça ou sugere correções à propaganda. Pode ainda advertir anunciantes e agências.
Em 2012 foram instaurados 357 processos. Desse total, 177 foram instaurados por queixa de consumidores e 67 anúncios sustados pelo CONAR.
Veja abaixo algumas propagandas proibidas, suspensas ou que causaram polêmica:
Gillete
A campanha da Gillette “Quero ver raspar” referente ao “body shaving”, produto para depilação masculina, foi parar no CONAR devido 15 reclamações considerando a propaganda preconceituosa contra peludos. O processo foi arquivado pelos conselheiros da CONAR por entender que não houve desvio ético na campánha.
Axe
O filme “Duas gostosas e um sortudo” foi denunciado por consumidores por apelo excessivo à sensualidade, o que gerou uma advertência à marca, além dos votos dos conselheiros pela suspensão do vídeo.
Devassa
Processada três vezes pelo CONAR, a propaganda com Paris Hilton saiu do ar devido a apelos à sexualidade e desrespeito moral às mulheres.
Uma nova propaganda “O que você está esperando para ter a sua primeira vez?” um rapaz é estimulado a ter sua primeira vez com a cerveja.
Hope
Gisele Bünchen aparecia de duas maneiras diferentes para dar uma notícia não tão boa ao marido, passando a mensagem de que bastava a mulher tirar a roupa para conseguir o que queria. A campanha foi vetada por promover o sexo feminino como objeto sexual e por apresentar conteúdo discriminatório contra as mulheres.
Outras empresas também tiveram seus anuncios suspensos:
Itambé
A propaganda do iogurte light com o slogan “Esqueça: O gosto dos homens nunca vai mudar” e fotos de mulheres gordinhas, foi acusada de fazer uma propaganda preconceituosa, discriminatória e machista.
Bombril
A campanha “Mulheres que Brilham” da Bombril trazia uma mulher negra, de cabelo black, como pano de fundo. Preconceituosa, foi suspensa por racismo e por associar a esponja de aço com os cabelos crespos.
Benetton
A Benetton lançou uma campanha “contra a cultura do ódio” usando líderes mundiais, figuras públicas políticas e religiosas, se beijando. Mesmo vetadas, as montagens resultaram em muitos protestos, reclamações e, consequentemente, mídia espontânea
Red Bull
A propaganda tinha como personagem principal Jesus Cristo, que após beber o energético caminha sobre as águas. O CONAR interpretou que o comercial fazia uma ofensa a moral religiosa e recomendou a suspensão imediata.
Nova Schin
Na campanha “O homem invisível”, um grupo de amigos se imaginam correndo atrás das mulheres de biquíni na praia, cutucando-as. O comercial recebeu tanta reclamação, por possuir conteúdo que poderia remeter ao estupro, que bombou nos trending topics do Twitter, com a HashTag #NovaSchinIncentivaEstupro
Camisinha Prudence
A empresa lançou uma imagem no facebook com a ‘dieta do sexo’. Nesta campanha, foi colocado o gasto calórico do casal durante a relação sexual e preliminares. A propaganda foi vista como alusão ao estupro, a imagem cita o gasto calórico de se tirar a roupa da parceira sem o consentimento dela!
Volkswagen
O comercial denominado “Superstição” foi ao ar no início de fevereiro deste ano. Um gato preto aparecia no console do Gol 1.0 e era repelido pelo jato d’água do para-brisas. Apontado como incitador dos maus-tratos aos animais e julgado pela entidade, o comercial teve de ser alterado por maioria de votos.
O Conar também passará a condenar toda inserção de ações de merchandising de produtos e serviços destinados ao público infantil. A publicidade de produtos e serviços do segmento deverá se restringir aos intervalos e espaços comerciais. Também estão vetadas ações de merchandising que empreguem crianças e quaisquer elementos do universo infantil.